sexta-feira, 16 de maio de 2014


Assis quer explicações de Rangel e Melo

FILIPE GARCIA
Vieira da Silva acusa Executivo de estar alinhado com "poderosos da Europa" e de governar contra os interesses do Estado.
Assis quer explicações de Rangel e Melo
"Têm de explicar a situação em que nos encontramos". No almoço com militantes em Salvaterra de Magos, Francisco Assis, cabeça de lista socialista ás europeias, exigiu explicações aos seus dois adversários. E nem deixou de o fazer com uma resposta ás provocações que têm chegado da barricada social-democrata. "Paulo Rangel e o seu compagnon de route, Nuno Melo, bem podem falar dos nossos cartazes e da forma como falo, com palavras mais ou menos complicadas que usamos no discurso político, mas a verdade é que têm de explicar a situação em que estamos", disse para o aplauso dos militantes presentes.
No dia que se confirmou a presença de José Sócrates no último dia da campanha, foi um dos seus ex-ministros quem fez o primeiro ataque político do dia. "Ao alinhar com as vozes dos poderosos da Europa, este Governo está contra o interesse nacional e contra o seu povo", acusou José Vieira da Silva, antigo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.

Mas a meio da campanha eleitoral, Francisco Assis já chega com balanço suficiente para atacar com outro ritmo. Sobre a Europa, voltou a insistir que "o processo de consolidação orçamental se pode tornar no maior inimigo" do projecto europeu e lembrou que há vários países em risco de entrar em deflação, "que, como sabem os economistas, é o maior dos problemas das economias". E foi quando o discurso chegou à política nacional que Assis endureceu o discurso. Responsabilizou os partidos "irresponsáveis" que derrubaram o Governo de Sócrates pela chegada da 'troika' e ainda ironizou sobre o tema - "É engraçado vê-los agora tão preocupados com a estabilidade política". Sobre a evolução da sociedade portuguesa, defende que hoje tem "mais clivagens sociais" marcadas e apontou o dedo aos partidos da coligação por terem instaurado um "ambiente de guerra civil latente". "Quiseram colocar os portugueses uns contra os outros, trabalhadores do privado contra trabalhadores do público, trabalhadores mais qualificados contra os menos qualificados", acusou.

Assis corre contra a "austeridade suicida", dia 25 se saberá quantos portugueses confiam que pode ajudar a mudar o sentido da corrida.
ASSIS NÃO DEVIA PERDER MUITO TEMPO COM A PARELHA NEOLIBERAL.

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