Bloquistas dizem que Centro Hospitalar será apenas um «anexo» do Santo António
O Bloco de Esquerda criticou hoje o Governo por abandonar o projecto do Centro Materno Infantil do Norte (CMIN), afirmando que o Centro Hospitalar do Porto (CHP) será «um anexo» do Hospital Geral de Santo António, noticia a Lusa.
«Isto significa que o Porto não terá um novo hospital pediátrico, não terá o CMIN, mas uma espécie de anexo no Santo António», afirmou o deputado do BE João Semedo.
O Governo aprovou em Conselho de Ministros a criação do CHP-EPE, que reúne o Hospital de Santo António, a Maternidade Júlio Dinis e o Hospital de Crianças Maria Pia.
Hoje, durante uma visita à maternidade portuense, o ministro da Saúde, Correia de Campos, anunciou a abertura desta nova unidade hospitalar para Março de 2010.
Segundo João Semedo, com a criação do CHP o Governo iludiu a sua promessa de avançar com o CMIN.
«Contestamos que o Governo tenha diluído o CMIN no CHP», frisou o deputado, que hoje, em conferência de imprensa, realizou um balanço da actividade dos deputados do BE, eleitos pelo Porto, na Assembleia da República.
Para o BE, com esta decisão, o Governo socialista fez exactamente aquilo que fizeram os seus antecessores do PSD.
«Na altura, a intenção era diluir o CMIN no Hospital de S. João, agora o PS faz isso, mas no Santo António», frisou.
João Semedo destacou também, entre as situações e problemas do distrito do Porto e da sua Área Metropolitana, apresentados no Parlamento, o programa «Porto Feliz».
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, anunciou na semana passada o fim deste programa de combate à toxicodependência, acusando o Governo e o PS de «matar» este projecto de "reconhecido sucesso".
Para o BE, quando Rui Rio foi ao Parlamento falar deste programa, «era já perceptível o colapso» do Porto Feliz e que o autarca «se preparava para o fechar».
«Rui Rio sempre usou este programa como instrumento de propaganda», considerou Semedo.
No final de mais uma sessão legislativa, o BE anunciou ter apresentado 32 projectos de lei e 18 projectos de resolução, dos quais seis deram origem a projectos conjuntos aprovados em plenário.
O deputado destacou a aprovação, por unanimidade, da Carta dos Direitos de acesso ao Serviço Nacional de Saúde. (In Portugal Diário)
E.T. Pelo que já ouvi do senhor Ministro o Dr. Semedo só falou por metade. É puro oportunismo e o descrédito dos políticos.
1 comentário:
Depois de todos estes anos, das diversas alternativas que se colocaram, das trapalhadas do Bairro Parceria e Antunes, etc., era de esperar que a solução encontrada fosse a mais avisada e a que o Porto esperava. A ser verdade o que o deputado João Semedo afirma, era bom, como diz o Carlos Pinto, que o ministro se explicasse. Se é mentira, o deputado é que tem que se explicar.
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