terça-feira, 7 de agosto de 2007

RTP/PORTO

De acordo com o Público de hoje, Almerindo Marques vai em Setembro à AR para esclarecer a subcomissão de Direitos Fudamentais e da Comunicação Social sobre o futuro do Centro de Produções do Porto. A iniciativa da convocação terá partido do presidente daquela comissão, o social-democrata Luís Campos Ferreira.
Mas o assunto não estava já devidamente esclarecido ou a minha memória já me atraiçoa mais do que eu supunha? É que, creio, alguém, há dias, dizia que estava tudo resolvido e o Porto não ia perder nada com a reestruturação em curso na RTP. Alguém me elucida?

8 comentários:

Anónimo disse...

O Dr.Filipe Menezes estava satisfeito e o coordenador dos deputados do PS também estava esclarecido.
Afinal parece que não.
Eu desafiei o deputado Fernando de Jesus para fazer um debate público,mas fiquei sem resposta.Gente fina é outra coisa.
Responder a um simples cidadão nãovalee gente importante e bem iformada, mas não informam o POVO. apena.É gente importante e informada mas não informam o POVO.

Anónimo disse...

Se há gente bem informada e interessada em falar sobre nada de nada,é sem dúvida o nosso jovem e esclrarecido deputado,Fernando de Jesus.
Mas o que nem toda a gente sabe, é que êle, não gosta de ser desafiado mas sim convidado.
Mesmo assim, estou em crêr de que lá para o dia de S.Nunca,vai acabar por aceitar o debate,porque coragem não lhe falta.
O que não sei, é se vai ter tempo disponível.

Anónimo disse...

Meu caro Coelho dos Santos:
Eu desafiei o político. Pode ser que outros o façam.
Com as informações que o deputado tem e como coordenador tinha obrigação de falar ao POVO.
Mas os que votam só podem pronunciar-se na altura de meter o papel na urna. Entretanto vão a jantares fazer número e bater palmas para alegrar a malta.
Quanto a dificuldades no Porto e no Noorte temos de ir festejando "o momento de ouro".
É a vida meu caro.
Manda quem pode obedece quem deve.
Até quando?
Convidar só costumo fazê-lo aos meus amigos.

Anónimo disse...

Nos últimos anos, a RTP-Porto tem vindo a recorrer ao serviço de pessoal contratado a recibos verdes, sendo neste momento cerca de 60 pessoas a trabalhar neste regime. Muitas a mais de 6 anos.

Entre 2001 e 2004 a RTP-Porto suspendeu a contratação a rebibos verdes forçando esses trabalhadores a aderir a uma empresa de trabalho temporario chamada Randstad.

Na altura, o director do “Media Parque” (RTP-Porto) era o engenheiro Augusto Azevedo, que saiu antes de acabar o seu “mandato” para dirigir o quê? A Randstad!!!

E de um dia para o outro essa “parceria” acabou e esses trabalhadores voltaram ao regime de recibos verdes sempre a trabalhar na RTP, com um horário, obedecendo a hierarquias, com as mesmas obrigações do pessoal do quadro da RTP mas obviamente sem os mesmo direitos, sendo muitas vezes a emissão da RTP-Porto ( Jornal da Tarde, Praça da Alegria, Portugal no Coração, noticiarios e programas de estúdio da RTPN, Trio d'ataque, desportivos como a “liga dos campeões”, basquet, voleibol, hóquei em patins...etc.) assegurada em 90% ou mais por esses trabalhadores que supostamente estariam lá para “tapar buracos”.

Para tentar fugir à Lei de Trabalho, esses trabalhadores são contratados para trabalhar 11 dias por mês, o que significaria metade de um mes normal de trabalho para caso os trabalhadores quererem por a RTP em tribunal. A RTP alegaria que só faziam meios meses.

Isto significa que para um mes de trabalho eles contratavam 2 pessoas a onze dias para fazer o trabalho que uma faria em 22.

E o pagamento a esses trabalhadores é feito “quando calha” sem ter dia certo para receber. Muitos são pagos a 45 dias.

Para dar uma ideia da discrepância entre alguns trabalhadores a recibo verde e pessoal dos quadros da RTP:

OPERADORES DE CÂMARA: 8 da RTP; 22 a recibo verde


OPERADORES DE AUDIO: 3 da RTP, 9 a recibo verde



OPERADORES DE VT DE EXTERIORES: 0 da RTP, 8 a recibos verdes



OPERADORES DE MOVING PICTURE: 0 da RTP, 14 a recibo verde (8 acima mencionados mais 6)


Em finais de Junho, vários trabalhadores a recibo verde foram contactados por uma empresa chamada Green para assinarem contrato por eles mas para continuar a trabalhar na RTP já que, segundo eles, a RTP queria sanar a situação contractual desses colaboradores.

E em vez de a RTP contratar directamente esses trabalhadores, essa contratação seria feita em regime de Outsourcing.

O resto dos trabalhadores a recibo que não foram contactados seriam dispensados. (Pessoas que trabalham lá há mais de 4 anos).

A chefia da RTP Porto (na figura do sub-director Rui Neves ) não falou a nenhum dos trabalhadores sobre o que se estava a passar, mas a Green, na voz do seu responsável António Couto (mais um ex-trabalhador da RTP que prepara um novo "tacho") garantiu que as mudanças teriam inicio do dia 1 de Julho.

Isto tudo é feito 2 meses antes destes trabalhadores completarem 3 anos seguigos a recibos verdes (Alguns começaram a recibos, passaram para a Randstad e novamente a recibos).

Condições laborais dos técnicos da RTP-Porto:

1- Os técnicos mantêm-se ao serviço da empresa, há vários anos, de forma continuada em regime de recibos verdes, sem obter nunca qualquer rendimento no mês de suspensão da actividade (Agosto), subsídio de férias ou 13º mês.

2- Apesar de a empresa nunca ter reconhecido formalmente, através de contrato ou integração nos quadros, o estatuto destes trabalhadores, os técnicos cumprem os seguintes requisitos, estabelecidos por lei:
a) cumprimento de horário de trabalho
b) cumprimento de ordens, dentro de uma estrutura hierárquica
c) desempenho das funções num local fixo indicado pela empresa, do qual depende a produção do programa (o estúdio, nas instações da empresa)
d) o material necessário para o desempenho das suas funções pertence à empresa
e) remuneração mensal

3- Instabilidade do modelo de remuneração, ao longo dos anos, de acordo com o interesse da empresa, sem margem negocial para os técnicos (vencimento mensal de acordo com cachet diário variável e redução de dias de trabalho, com prejuízo do rendimento total).

R. da Cunha disse...

Conhecia vagamente o que Fernando Gomes escreve, mas não em pormenor. É um espanto que "isto" possa acontecer. Não é possível que as leis laborais permitam situações destas. Alguém tem que providenciar para pôr termo a isto, nem que seja os tribunais. É absolutamente afrontoso!

Anónimo disse...

Att.Fernando Gomes
O que relata é digno da primeira página do INCRÍVEL.
Acho que é uma belíssima matéria para ser tratada pelo coordenador dos deputados do PS Porto.
Como é sabido o interesse deste,
pelos assuntos referentes à Invicta seria bom dar-lhe a conhecer directamente este,pois dedicado como é e,se não ficar sem fala,certamente que se irá debruçar, sem se rir, sobre o assunto.
Tenha fé...

Anónimo disse...

A SUB-COMISSÃO DE TRABALHADORES DA RTP-MEIOS DE PRODUÇÃO, VEM PELA PRIMEIRA VEZ MOSTRAR A SUA PREOCUPAÇÃO RELATIVAMENTE AOS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS QUE LEVARAM A SUB-CT DA RTP SPT A PRONUNCIAR-SE E ÁS DECLARAÇÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO QUE TEM VINDO A PÚBLICO NA COMUNICAÇÃO SOCIAL.

DADO QUE ESTA SUB-CT SE MANTEM EM FUNÇÕES É DEVER DESTA ESCLARECER A SUA POSIÇÃO.

MOSTRAR A NOSSA PREOCUPAÇÃO RELATIVAMENTE A:

1- DISPENSA SUBITA DE TRABALHADORES QUE DESDE HÁ VARIOS ANOS EXERCIAM FUNÇÕES, MENSALMENTE, DE EXCELENTE QUALIDADE TÉCNICA E PESSOAL NA ÁREA DOS MEIOS DE PRODUÇÃO E OPERACIONAL.

2- A CONSEQUENTE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL NÃO QUALIFICADO, CRIANDO ASSIM, PROBLEMAS DE VÁRIA ORDEM NO NORMAL FUNCIONAMENTO DAS EQUIPAS, AFECTANDO ASSIM O PADRÃO DE QUALIDADE DOS PROGRAMAS EFECTUADOS NA RTP PORTO.

3- PENSAMOS QUE EM QUAISQUER ADMISSÕES DE COLABORADORES DEVEM NO MÍNIMO SER EXIGIDAS AS CONDIÇÕES DE ADMISSÃO PREVISTAS NO ACT (CLAUSULA 7.1), SOB PENA DE NÃO HAVER IGUALDADE DE TRATAMENTO COM OS FUNCIONÁRIOS DO QUADRO DA RTP.

Anónimo disse...

TÉCNICOS LEVAM RTP AO BANCO DOS RÉUS

FONTE: CORREIO DA MANHÃ

Vinte e dois técnicos entraram ontem com processos contra a RTP no Tribunal de Gaia, exigindo a integração no quadro da empresa. Os profissionais dizem estar fartos de trabalhar há vários anos para a estação através de vínculos precários com empresas de trabalho temporário.

Os operadores queixam-se ainda de estarem a sofrer “retaliações” por terem recusado um novo contrato com outra empresa de trabalho temporário. Apenas cinco dos cerca de 50 assinaram por seis meses.

“Estou farto. É demasiado tempo e estamos a sofrer retaliações e a ser maltratados”, sublinhou ao CM o operador de câmara Rui Rufino, a trabalhar para a RTP há mais de nove anos, um dos 22 profissionais que ontem à tarde entregaram no Tribunal de Gaia o processo judicial.

O técnico Nélson Silva explicou ao CM que a “RTP requisitou outros trabalhadores sem qualificações – daqueles que filmavam casamentos – que estão a fazer muitas horas. E, neste momento, quem recusou contrato praticamente não tem horário”.

Segundo o operador de câmara Rui Rufino, os técnicos que até Julho trabalhavam para a RTP através da empresa de trabalho temporário Ramstad foram contactados pela Ibertelco, outra empresa do mesmo tipo. “Explicaram-nos que continuávamos a trabalhar para a mesma televisão e a ganhar o mesmo”, aludiu Nélson Silva.

O advogado dos técnicos, Luís Samagaio, lembra que através das empresas de trabalho temporário a RTP não tem responsabilidades para com os trabalhadores, que prometem lutar até às últimas consequências.

O CM tentou sem sucesso obter a reacção do presidente do conselho de administração do Grupo RTP, Almerindo Marques.

RIO DIZ QUE O PORTO NADA PODE FAZER

A Junta Metropolitana do Porto (JMP) admitiu ontem que pouco pode fazer para evitar o alegado desinvestimento da RTP no Centro de Produção do Porto. “Nós não temos tutela sobre isto, nenhuma”, justificou o presidente da JMP, Rui Rio, aos jornalistas.

Tal como o CM avançara, uma das primeiras medidas do suposto desinvestimento no Centro da RTP Porto foi a mudança da produção do programa ‘Portugal no Coração’ para os estúdios de Lisboa. “Face às notícias e a uma carta que o presidente da RTP me enviou, percebe-se que há um esvaziamento da RTP Porto”. Rio prometeu reunir-se com a administração da RTP e visitar os estúdios de Gaia.

Link: http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=259797&idselect=92&idCanal=92&p=200