quinta-feira, 6 de setembro de 2007

TRATADO DO PORTO

O Blogue Blasfémias refere-se ao 4ª. Dimensão como promotor de um abaixo-assinado no sentido de atribuir a denominação de Tratado do Porto ao novo tratado europeu, ainda que o autor do post (CAA) preferisse "de Coimbra". Pessoalmente, não tenho nada contra. Mas já que a ideia nasceu aqui, acho que o Porto tem prioridade... Também é verdade que o Blasfémias não é radicalmente contra. E por que raio tem que ser "de Lisboa"? Quantos tratados têm nome de cidade secundárias, desde logo o do impronuncável Maastricht?

6 comentários:

Anónimo disse...

Não pode ser Tratado do Porto por vários motivos.
Primeiro, o Porto não é uma cidade secundária como Mastritch. É a capital do Norte, carago!
Depois seria muito ambíguo: as pessoas perguntariam - qual Porto? O Dragão Dazantas? O Ferreira Vintage 97? Foi você que pediu?
Seria uma risota, não é verdade? E o Porto não merece ser gozado, carago!
Portanto, é melhor ficar Tratado de Lisboa. Assim está bem.
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R. da Cunha disse...

Agradeço o seu risonho comentário e se "do Porto" lhe causa risota, proponho "do Castelo de S. Jorge", que é bem bonito. E por que não "de Foz do Arelho"?
Provincianismo bacoco, já li. Pois seja; nós, no Norte, somos pacóvios, como muito bem sabem os nortenhos residentes na capital e seus arredores.
Quanto ao Dragón, conheço de nome, mas terei que concordar que deu prestígio (ainda que meramente futebolístico, dirão) à cidade e ao país, não é?

Anónimo disse...

Não falem do FCP pois o Seara se lê quer mesmo Sintra e pronto.
Eu vou pelo Porto. Soa bem.

Anónimo disse...

Ao ler o comentário do todofacinha desesperei, não tanto pela estultice,que é uma coisa natural, mas pela inveja que sente por não ser do norte,"sem carago" e o despeito que demonstra por ser all-facinha. Sinto pena...mas são coisas da natureza,que nem sempre é perfeita,mesmo com os humanos.
Ver o que aconteceu com Quasímodo.

Nuno Raimundo disse...

O meu amigo r. da cunha que não me leve a mal a linguagem que vou utilizar, mas para mim o nome do tratado deveria ser: "Tratado del cano".
Pois é por aí que nos vão meter...

Cada vez mais tenho receios e duvidas acerca da assinatura deste tratado e do que esconde por detrás.

Se antes José Sócrates queria ouvir a opinião do Povo atraves da consulta por Referendo.
Neste momento nem fala no assunto que é para ninguém se lembrar.
Então algo se passará de errado, caso contrário, levaria em conta a opinião do povo português sobre o respectivo tratado europeu.


abr...prof...

R. da Cunha disse...

Caro Profano
Agradeço o seu comentário, e nunca levo a mal a opinião cotrária à minha. O que detesto é a linguagem desbragada ou a abordagem de temas diversos do dos posts.
Quanto ao referendo do Tratado, como em muitos outros casos, não dou para tal peditório. Sou, genericamente, contra referendos, especialmente os sobre tratados internacionais ou sobre os de questões de consciência. Os referendos, para mim, são como os antibióticos: devem ser tomados com muitas cautelas e em doses adequadas, se não matam. Sou favorável, sim, a referendos locais, que envolvam os interesses das pessoas e das comunidades. Os referendos, além da eventualidade da complexidade dos temas a referendar, tendem a castigar os partidos no poder e isso pode gerar situações muito complicadas para o futuro. Note que não está em causa ESTE referendo, mas qualquer um outro. E deixe-me dizer-lhe: mais se tinha justificado o referendo à adesão à então CEE ou aquando da introdução do euro, pois este, sim, retirou soberania ao país.
Ainda que eu tivesse votado sim nesses hipotéticos referendos, não sei muito bem qual seria o resultado geral. E se tivesse vencido, hipoteticamente, claro, o não? Estávamos melhor que hoje? Não tenhamos ilusões de que estaríamos marginalizados da sociedade das nações, com muitos e mais graves problemas do que aqueles aue enfrentamos.
Qunto à sua posição, entendo-a e entendo que a defenda.
Quanto à promessa sobre o referendo, sou de opinião de que as promessas devem ser cumpridas em todas as circunstâncias, salvo alterações de contexto entendíveis.
Fui contra o primeiro referendo sobre a IGV, mas entendi que o assunto deveria, por isso, ser resolvido, como foi, através do segundo referendo e não, como defendido por muitos, através de legislação na AR.