É este o título do último livro de António Arnaut, que foi apresentado ontem no Porto (na FNAC - Santa Catarina), pelo Dr. Miguel Veiga.
Como é seu timbre, o Dr. Miguel Veiga fez uma belíssima intervenção, usando um fino recorte literário, como se costuma dizer nestas circunstâncias.
Do preâmbulo retiro a seguinte passagem:
"O livro desvenda, assim, um romance histórico, porque, para além de uma trama amorosa, e de outros enredos que trazem à liça instituições tão díspares como os partidos políticos, a PIDE e a Maçonaria, se serve, sem cair no memoralismo, de factos que muitos viveram e de figuras reais que todos conhecem. Mas pretende mais que isso, na medida em que o real é aqui (re)vivido para urdir a intriga romanesca que alimenta o tema central: será a acção político-partidária compatível com a lisura de carácter? Há ainda na política lugar para a ética, como queria Hegel, ou apenas para a astúcia, como ensinou Maquiavel? E, se for este o caso, como parece pelo número cada vez maior dos seus discípulos, devem as pessoas sérias afastar-se da vida partidária, como acto de protesto, ou afrontar as labaredas em que se podem queimar?"
Boas perguntas nos deixa António Arnaut!
Vou ler e saber quais as respostas às suas próprias dúvidas.
É possível que volte aqui opinar sobre o assunto.
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