quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

OS REFORMADOS QUE PAGUEM A CRISE

Já em tempos utilizei este título, por razões idênticas.
O secretário de Estado do Orçamento veio afirmar que não é verdade que os funcionários públicos passem a descontar 14 meses para a ADSE. No entanto, os reformados da função pública irão (já estão a) descontar sobre os 14 meses. Argumento: os subsídios de férias e de natal dos trabalhadores no activo têm uma natureza diferente do ponto de vista jurídico.
Como disse? Quererá o senhor secretário explicar-me melhor o que é que isto quer dizer? O que o senhor secretário deve assumir é que os reformados não têm qualquer defesa, nem greve podem fazer; é comer e calar. Provavelmente já não estará no governo nas próximas eleições legislativas, mas os atingidos (os que forem vivos, bem entendido) não vão esquecer mais uma medida nefasta. Será necessário acrescentar que os reformados estavam isentos daquele desconto, que foi introduzido no corrente ano. Por mim, até nem acho mal o desconto; mas sobre 14 meses, coisa que nunca existiu (e pelos vistos, para já, não atinge o pessoal no activo)?
Os reformados, mais uma vez, que paguem a crise? Poupem-me!

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