A intervenção política começa pela cívica, e a cívica começa pelo quotidiano.
Agora há táxis com TV em grande escala no Porto.
Frequentador assíduo desse meio de transporte, e adepto da tecnologia e da inovação, andei 2 ou 3 viagens a ver e ouvir...
Mas já não aguento mais. O programa é uma propaganda ao programa. As entrevistas são panegíricos ao programa.
E os conteúdos de uma pobreza franciscana... Com imprecisões históricas, ou anacronismos. Com locução deficiente.
E um taxista disse-me que vão ganhar uns dinheiros com a TV... Sempre o velho dinheiro...
Os taxistas eram uma das poucas profissões livres no mundo.
Nos táxis podia-se conversar livremente. Havia um reduto de conversa. Numa sociedade que já não troca ideias.
E agora? Agora.... Pode bem ter acabado.
Na última viagem, pedi para apagar a televisão. Quantos o farão?
E se todos tentássemos salvar esse oásis de conversa, logo, de pensamento?
2 comentários:
Como é que um cidadão se vai informar, agora, sobre o estado da Nação? Faça-se uma petição par que seja proibido tal canal televisivo.
Pois é: nos táxis e no Bolhão é que se sente como vão as coisas. Se calam os taxistas, só indo ao Bolhão; e quem não é do Porto, o que faz?
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