sexta-feira, 26 de setembro de 2008
"Vingados"... pelos próprios neoliberais e neoconservadores
(na imagem: uma mão bem visível)
Em toda esta crise americana, que é trágica, há algo divertido: os campeões do neoliberalismo agora sempre têm de dar a mão à palmatória e reconhecer que, afinal, a mão invisível era tão invisível que não regulava coisíssima nenhuma.
É o descalabro prático, a ruína do anarco-capitalismo.
Entre nós, nunca fomos incautos. E há pouco a sondagem no Sapo tinha este resultado:
Concorda com maior regulação nos mercados financeiros?
Sim: 4983
(88%)
Não é necessário: 404
(7%)
Não: 271
(5%)
Apesar disto, ainda é nalguns círculos muito bem pensante dizer mal do Estado, da regulação económica e financeira, e até do pobre lorde Keynes....
5 comentários:
O resultado do inquérito não me surpreende. O português é, por natureza, desconfiado e, por isso, quer que alguém vele por si e, principalmente, que vigie o vizinho. Quanto à mão invisível, temos conversado. Ela, a mão, apenas protege o protector.
O velho Keynes tem tendência para ressuscitar com mais frequência do que ele próprio poderia ter admitido.
Permita-me uma pergunta: as rosas que a mão (bem visível) empunha têm espinhos? E, já agora, o aroma é forte, como uma boa rosa é suposto ter?
Parece que o Bush e os candidatos à sua sucessão não se entendem.
Cá para mim, aquelas rosas estão cheias de espinhos, e picam de caraças.
É preciso que as rosas piquem... Não basta o "São Rosas, Senhor...". É preciso que as rosas piquem... Mas selectivamente, claro. Outros artefactos simbólicos picam que se fartam: olhem se as setas não picam. Mais que picam. E as foices e martelos? Picar é suave, comparado com o que os demais símbolos podem fazer...
Keines deve andar aos saltos.
E
É a economia de casino Marx deve estar furioso porque as suas teorias estão a ser aproveitadas mas ao contrário:
nacionalizam prejuizos e socializam para os accionistas os lucros.
E como dizia um alemão é uma nova teoria: O Kapitalismus Keeller-capitalismo assassino.
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