O livro O que diz Molero foi um grande caso na literatura portuguesa. Sobretudo pela inovação narrativa e pela plasticidade linguística. Ao ver o seu autor na televisão, há uns tempos atrás, fiquei perplexo, porque me pareceu injustamente maltratado pela sorte. É normal entre nós: Camões vai ao paço pedir subsídio, e o país "mata-o lentamente" (Sophia de de Melo Breyner). Pessoa acabou como se sabe. Só o Júlio Dantas (o do manifesto do Almada) parece que morreu tranquilo. Não valeu de nada o "Pim" do Mestre Almada... Honremos, pois, a memória do autor de Molero, e pensemos na nossa Cultura...
O livro presta-se mesmo a ser lido rapidamente, pela sua própria estrutura e ritmo. Tem-se publicado imenso nos últimos tempos. Mas nada de radicalmente novo... Por outro lado, parece que há por aí jovens e menos jovens escritores que não conseguem entrar no mercado editorial, que estaria fechado como nunca. Será verdade? Será a crise? Será a concentração editorial? Será a fecundidade dos autores consagrados? Será a falta de compradores? Que será?
4 comentários:
O livro O que diz Molero foi um grande caso na literatura portuguesa. Sobretudo pela inovação narrativa e pela plasticidade linguística.
Ao ver o seu autor na televisão, há uns tempos atrás, fiquei perplexo, porque me pareceu injustamente maltratado pela sorte.
É normal entre nós: Camões vai ao paço pedir subsídio, e o país "mata-o lentamente" (Sophia de de Melo Breyner). Pessoa acabou como se sabe. Só o Júlio Dantas (o do manifesto do Almada) parece que morreu tranquilo. Não valeu de nada o "Pim" do Mestre Almada...
Honremos, pois, a memória do autor de Molero, e pensemos na nossa Cultura...
Ao que julgo, o Dantas, pim, escreveu a Ceia dos Cardeais e não o Molero. Sorte a dele, que o DM não teve.
Recorde-me de, logo após a sua publicação, ter lido uma referência ao livro e fui logo comprá-lo. Li-o de uma assentada.
O livro presta-se mesmo a ser lido rapidamente, pela sua própria estrutura e ritmo.
Tem-se publicado imenso nos últimos tempos. Mas nada de radicalmente novo...
Por outro lado, parece que há por aí jovens e menos jovens escritores que não conseguem entrar no mercado editorial, que estaria fechado como nunca.
Será verdade? Será a crise? Será a concentração editorial? Será a fecundidade dos autores consagrados? Será a falta de compradores? Que será?
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