José Pedro Aguiar Branco
José Pedro Aguiar Branco, político muito variável que passou de ministro de Santana Lopes a vice-presidente de Manuela Ferreira Leite, não perdeu tempo para pedir a demissão de Lopes da Mota do cargo que tem em Bruxelas no âmbito do Eurojust. Para além desta pressa evidenciar a fome de cargos que anda nas hostes do PSD mostra como alguém que foi ministro da Justiça defende que um cidadão deve sofrer uma pena ainda antes de qualquer processo, isso com o oportuno argumento de que não terá condições para exercer esse cargo.
PRESSÕES. A MONTANHA PARIU UM RATO
Depois de todo o ambiente de alarme lançado pelo senhor Palma, que até foi recebido pelo Presidente da República para saber de coisas que não vieram a público, todos esperávamos muito mais do que um processo por uma mera infracção disciplinar. Aliás, outra coisa não poderia acontecer, se a conclusão apontasse para a ausência de pressões era a credibilidade dos investigadores e toda a investigação que estaria em causa. Foi a utilização de conversas de almoço que permitiu os investigadores lançarem na opinião pública a suspeita de gravíssimas pressões para que o processo fosse arquivado, fizeram-no esquecendo o Procurador-Geral e forma directamente queixar-se ao senhor Palma.
Nada como dividir a despesa ao meio, os investigadores lá continuam à procura de algo que possa envolver Sócrates ou ser comunicada ao senhor Palma e o Procurador-Geral limpa a face abrindo um processo disciplinar que vai acabar em águas de bacalhau. Resta saber se o acusado mantém o seu apetecível cargo em Bruxelas ou se algum guloso fica com ele.
2 comentários:
Por quanto tempo se vai arrastar mais este processo?
Outro Casa PIA...
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