terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Deputado do PCP sugere demissão a Ulrich
Margarida Vaqueiro Lopes
05/02/13
    
    

Honório Novo recomenda a Ulrich que se demita. CEO do BPI diz que o seu lugar "está sempre à disposição dos accionistas".
O deputado do PCP Honório Novo sugeriu hoje a Fernando Ulrich que se demita da presidência executiva do BPI por causa das declarações que teceu na conferência de apresentação dos resultados anuais do banco. "Se você andar aí na rua e infelizmente encontramos pessoas que são sem-abrigo, isso não lhe pode acontecer a si ou a mim porquê? Isso também nos pode acontecer", perguntou Ulrich a um jornalista durante esse evento, no meio de uma intervenção sobre os limites da austeridade.
Essa declaração foi recuperada hoje por alguns deputados durante a audição do presidente do BPI na comissão de orçamento e finanças, a propósito da intervenção do Estado no banco. Primeiro por João Galamba, do PS, que exigiu um pedido de desculpas que Ulrich declinou. E depois por Honório Novo, do PCP.
"O senhor não tem noção do desprezo, da arrogância e da desumanidade das suas palavras. O senhor, perante as vitimas que foi preciso vitimizar, para socorrer o seu banco não tem noção da prepotência. O senhor pôs e põe em risco a actividade bancária do banco que administra. Julgo que o senhor faria um bom serviço aos trabalhadores do BPI e aos clientes do banco se pensasse em se demitir", afirmou o deputado comunista. "Faria um favor aos seus funcionários e clientes se ponderasse demitir-se", acrescentou.
Na resposta, Ulrich disse que "a esmagadora maioria dos accionistas [do BPI] é altamente profissionalizada e especializada, eles decidirão a qualquer momento aquilo que entenderem, uma vez que o meu lugar está sempre a disposição dos accionistas do banco".
"Senhor deputado, como não tenho o prazer de o conhecer bem, e o senhor deputado também não me conhece, pode dizer que posso estar de má-fé, e tem o direito de fazer os juízos que entender. Já alguém que me conhece não o pode fazer sem estar de má-fé", ripostou ainda o banqueiro.

QUANDO UM BANQUEIRO EX-JORNALISTA QUER FAZER POLITICA DURA E PURA DÁ NISTO.

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