O repto foi lançado na abertura do trabalhos do II Forúm Empresarial do Algarve, que está decorrer até domingo em Vilamoura, e no qual participam mais de três centenas de líderes políticos e empresarias, vindos desde a China a Angola, passando pelo Brasil, EUA, Reino Unido, Marrocos e Chile. O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, na manhã deste sábado, abordará o tema: “Um Portugal Europeu ou Um Portugal Atlântico”.
A redução “progressiva” da taxa de IRC, diz Paulo Portas, só é possível “por consenso com o principal partido da oposição”. O facto do país viver em regime de “restrição orçamental, não é possível baixar o IRC em dez pontos de um ano para o outro”, justificou.No entanto, considera que a baixa de impostos, por si só, “não é condição suficiente, mas é necessária para captar investimento”.
Após destacar a importância das exportações para o reequilíbrio das contas públicas, sublinhou o significado politico da alteração das leis laborais. “Foi importante para Portugal passarmos a ter legislação mais flexível, e só pessoas muito fechadas ideologicamente é que não compreendem que importância da economia aberta”.
O ex-lider do PSD, Marques Mendes, à margem do fórum promovido pelo LIDE – grupo de líderes empresariais, comentou a última avaliação da troika, sublinhando que o próximo Orçamento do Estado (OE) trará mais austeridade, em cima de austeridade. “Vamos ter um OE com bastante austeridade, o mais difícil de todos ”.
Porém, manifestou a opinião de que já não haverá segundo resgate, e em 2015 o OE “já será um bocadinho melhor”. Sobre o pingue-pongue que Paulo Portas tem travado com a oposição acerca desta matéria, resume o assunto a “uma questão de retórica”, concluindo que estão ambos certos: “Paulo Portas diz que, além do que estava anunciado não há mais austeridade, isso é verdade”. Por outro lado, o que a oposição diz é que “acima da austeridade, vamos ter mais austeridade, o que também é verdade”. E neste jogo de palavras, o que é certo é que vamos “ter aumento de impostos, ou seja, vai manter-se, e vamos ter cortes na despesa do Estado, que estão anunciados desde Maio”.
UM FORUM EMPRESARIAL PARA O GOVERNO LAVAR AS MÃOS?
OU PARA BARROSO SE DESPEDIR DA UE?
CONTINUAM A BRINCAR COM O FOGO.
Sem comentários:
Enviar um comentário