Mário Soares: Se Cavaco «continuar assim, ficará com o ferrete do ódio popular»
O histórico socialista escreve sobre «o texto longo e confuso que Portas leu na quarta-feira passada e que não faz qualquer sentido», concordando com Pacheco Pereira que classificou o guião do vice-primeiro-ministro como «um manual para ler no vazio».
«Vi e ouvi, com bastante esforço, o discurso que proferiu, muito bem vestidinho, como sempre e com grandes sorrisos, mas confesso que apesar de me esforçar por estar atento, quase não compreendi coisa nenhuma. Era de facto, um guião – ou melhor, uma salganhada – sem qualquer sentido», diz Soares, reforçando que «é algo irresponsável e que ninguém consciente pode tomar a sério».
Ainda na opinião do antigo Presidente da República, Portas «aproveitou para dizer tudo ao contrário do que desejaria o seu patrono Pedro Passos Coelho. Realmente são duas pessoas que não se entendem, mas que se esforçam por estar juntas para não terem de se demitir». E «quem lhes vale é quem os comanda, ou seja, o eterno protector de ambos: o Presidente da República».
Soares questiona, porém, «como é que um Presidente, a quem ainda faltam dois anos para o fim do seu mandato, não é capaz de se libertar de um Governo completamente paralisado, sem rei nem roque, e principalmente de duas pessoas [Passos e Portas] que não se entendem entre si e só existem juntas porque ele os mantém». O histórico socialista conclui, neste sentido, que «o Presidente não quer perceber que se ficar até ao fim e assim continuar, ficará todo o tempo com o ferrete do ódio popular, de Norte a Sul do País».
«Vi e ouvi, com bastante esforço, o discurso que proferiu, muito bem vestidinho, como sempre e com grandes sorrisos, mas confesso que apesar de me esforçar por estar atento, quase não compreendi coisa nenhuma. Era de facto, um guião – ou melhor, uma salganhada – sem qualquer sentido», diz Soares, reforçando que «é algo irresponsável e que ninguém consciente pode tomar a sério».
Ainda na opinião do antigo Presidente da República, Portas «aproveitou para dizer tudo ao contrário do que desejaria o seu patrono Pedro Passos Coelho. Realmente são duas pessoas que não se entendem, mas que se esforçam por estar juntas para não terem de se demitir». E «quem lhes vale é quem os comanda, ou seja, o eterno protector de ambos: o Presidente da República».
Soares questiona, porém, «como é que um Presidente, a quem ainda faltam dois anos para o fim do seu mandato, não é capaz de se libertar de um Governo completamente paralisado, sem rei nem roque, e principalmente de duas pessoas [Passos e Portas] que não se entendem entre si e só existem juntas porque ele os mantém». O histórico socialista conclui, neste sentido, que «o Presidente não quer perceber que se ficar até ao fim e assim continuar, ficará todo o tempo com o ferrete do ódio popular, de Norte a Sul do País».
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